Numenera é sobre coisas estranhas. Mas o que isso significa de verdade? O que é o estranho? O estranho é o que faz as pessoas perceberem que este não é o presente é o Nono Mundo. É o que faz as pessoas pensarem. Ei, essa não é uma fantasia ou ficção científica comum. É o que faz o cenário se destacar. É aquela coisa que tira o fôlego dos jogadores, cria aquela ruga na testa de descrença, ou que os faz exclamar de espanto.

É cada um dos exemplos de algo que não pode ser explicado nem por um personagem do Nono Mundo ou de um jogador do século 21, mas se fizerem direito sugere que, num mundo anterior, houve um motivo, uma razão explicável, ou até mesmo um propósito mundano para isso. E é claro, Numenera não inventou o estranho. A ficção estranha existe há muito tempo. A era pulp, por exemplo, era repleta de contos estranhos. É possível categorizar essas coisas? É uma coisa difícil. É como muitas outras coisas você vai reconhecer quando ver. Às vezes, o estranho é assustador. Às vezes, é perturbador. Mas às vezes, é só algo estranho ou inesperado. É uma coisa impressionante, imaginativa, e fora do comum. O estranho necessita de muito contexto.

Para um Nono Mundiano, algo que te transforma numa nuvem de partículas de areia animadas é mais estranho do que algo que te permita a conversar com um amigo a milhares de quilômetros de distância? Não necessariamente. E um graveto que lança bolas explosivas de fogo? Podemos estar acostumados a esse tipo de estranheza de outros jogos, mas para um nativo do Nono Mundo, isso seria bem estranho. Para os nossos propósitos, o estranho é aquilo que nós jogadores e Mestres no século 21, encantados por fantasia e ficção científica achamos exótico, assustador, surpreendente, enervante ou fora do comum. Às vezes, aquilo que chamarei de estranho nem é tão estranho assim, mas é uma ideia que você pode nem ter pensado antes. A chave é a ideia.