[Cenotáfio de Saladino] O Maior Doff de Todos os Tempos!

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Até o presente momento…

O título também poderia ser “As Experiências de uma Múmia do RPG no 10o Diversão Offline”.

Nos dias 21 e 22 de junho aconteceu a décima edição do Diversão Offline, evento dedicado a jogos de tabuleiro, RPG e similares (tipo card games, entre outros).

O evento comemorou seus dez anos de existência com sua maior edição até agora, com 10.000 m2 de espaço, com muitos estandes de editoras e lojas, palestras, bate-papos, convidados especiais, espaços para atividades e muitas mesas de jogos.

O Doff (como o evento é carinhosamente chamado) não é apenas um evento de jogos e de vendas, mas uma celebração do mercado (ou dos mercados). Uma festividade onde aqueles que fazem, que criam jogos, aventuras, RPGs, sistemas e etc. tem a oportunidade de encontrar o seu público.

E onde o público tem a oportunidade e encontrar os seus autores favoritos, jogar com eles, ou com outras pessoas que também gostam do seu hobby e jogos. Onde podemos encontrar aquelas pessoas com quem jogamos online, ou que vemos fazer lives e streams de jogos. Podemos encontrar aquele influenciador que nos diverte com seus vídeos e lives.

E, acima de tudo, onde nos sentimos à vontade com nosso hobby e com todas aquelas coisas que adoramos.

Dois dias dedicados a jogos e jogadores, autores, criadores e público.

Jogos e jogos!

Uma das características principais do Doff é a dedicação da organização a entregar ao público uma (ou mais) boa experiência com jogos. Quem vai ao evento encontra inúmeras mesas onde pode jogar RPG ou jogos de tabuleiro, em estandes ou espaços diferentes.

A pessoa pode jogar numa mesa, sair dela, andar um pouco mais, entrar em outro estande e jogar de novo! E pode ser aquele seu RPG favorito, ou um jogo de tabuleiro novo, inédito, que está sendo lançado ou até mesmo testado ali.

Em muitos casos, o autores estão ali, interagindo com o público, conversando e mestrando suas criações. As vezes, até com acesso antecipado de um jogo que só vai sair daqui a seis meses ou até brindes exclusivos.

Passeando pelo evento

Eu estive no Doff deste ano, oficialmente no estande da New Order, mas volta e meia eu dava uma de “vou até ali e já volto” e ficava passeando pelo evento. Para ver os estandes, as editoras, os lançamentos, livros, jogos, RPGs, pessoas, produtos e tudo que tinha lá.

Devo ter feito isso algumas vezes nos dois dias… e tenho certeza que não consegui ver tudo que o evento tinha para oferecer.

Até mesmo andei fantasiado numa hora, coberto da cabeça aos pés, com máscara, sem que ninguém me reconhecesse. Até assustei algumas pessoas (bom, a fantasia era de Halloween…). Admito que foi bem divertido.

Pude ver muita coisa incrível. Pessoas levando os filhos para conhecer seu jogos favoritos, passando uma tradição de RPG ou jogos de tabuleiro para a próxima geração. Pessoas indo ao evento porque os filhos perdiram, para conhecer esse ou aquele jogo favorito.

Neste ano (assim como nas outras edições) o Doff teve convidados internacionais, Friedmann Friese, designer alemão de jogos, conhecido pelo Power Grid e jogos que começam com “f”; e Vlaada Chvátil, autor de jogos como Though the Ages, Codenames e Galaxy Tucker.

E sabe o mais legal? Eles estavam andando pelo evento, no meio do público, olhando com curiosidade os jogos brasileiros, o nossos designers, o público. Não só como atrações, mas também como visitantes que estavam se divertindo.

Jogos sendo criados e testados

Ainda teve uma área inteira dedicada a protótipos de jogos, onde autores testavam suas criações diretamente com os mais exigentes dos críticos, o seu público final. A área de protótipos é uma iniciativa essencial e fundamental para apoiar a produção nacional de jogos, e uma das caraterísticas mais marcantes do Doff!

Além de jogos famosos e grandes lançamentos de grandes editoras, também tinha um belo espaço para os autores indie, aqueles que fazem tudo na raça, sozinhos, ou editoras bem pequenas, na Área Indie. Uma das provas de que o nosso mercado de jogos está cada vez mais sólido é a justamente a existência de uma cena indie de altíssima qualidade, como dava para se ver no Doff.

O evento ainda contou com uma área dedicada a pintura de miniaturas, que fervilhou de pessoas nos dois dias inteiros. Gente experiente e amadores trocando dicas e técnicas e dando vida a minis de todos os tipos e tamanhos (er… mas ainda minis).

O Goblin de Ouro

Devo dizer que foram dois dias (três, se contarmos o dia extra para escolas e influenciadores, que aconteceu na sexta-feira) fantásticos, onde tinha algo interessante para cada lado que se olhava, de jogo de tabuleiro a lançamento de quadrinhos, de LARP chinês de assombração a loja de dados e chapéu de mago.

E sem falar na premiação com o troféu mais legal de todos, o Goblin de Ouro, para aqueles que se destacaram em várias categorias de jogos de tabuleiro e RPG (e são tantas que merece uma coluna só pra elas). Diz aí, quem não gostaria de ganhar um Goblin de Ouro?

Muita gente compara o Doff com este ou aquele evento, o que é natural e provavelmente a primeira coisa que vem a mente quando se fala de uma feira relacionada a cultura pop ou a nerdices similares.

Mas melhor que compararmos, é descobrirmos o que torna um evento diferente do outro, o que o torna único. No caso do Doff, é o carinho, o conforto e dedicação da organização em fazer um evento legal, divertido e fantástico, onde todos que gostam de jogos podem passar horas e horas imersos no seu hobby favorito.

Não é à toa que o evento tem Diversão no nome.

E que venham mais Doffs, que dez anos sejam apenas o começo.

Rogerio Saladino,
que agora tem um jogo de tabuleiro
de Cthulhu para assustar os amigos.

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