[Cenotáfio de Saladino] Realmente Alienígenas

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Seres Extraterrestres do Mythós de Cthulhu

Aguardando a chegada do Malleus Monstrorum, o grande bestiário para Chamado de Cthulhu, reunimos algumas das criaturas que constam no livro e que parecem ser as mais estranhas para a mente humana.

Vamos lembrar que “alienígena”, além de fazer referência a uma criatura ou algo que venha de fora, também pode significar algo que nos é muito estranho, diferente, de difícil compreensão ou entendimento.

E, no terrível variedade de criaturas e monstruosidades do Mythós de Cthulhum, temos um quantidade imensa de seres que são verdadeiramente alienígenas, nos dois significados acima.

Lovecraft e os outros autores que escreveram para o Mythos se esmeram em descrever não apenas o que nos assustaria ou incurtiria medo em nossos corações, mas que nos inspiraria a imaginar o inimaginável, usando no nosso medo do desconhecido como uma ferramenta de pavor.

Temos medo do que não entendemos ou compreendemos, e mais ainda quando a coisa é difícil de entender. Como é uma cor diferente de todas que já vimos? E como soa uma música diferente de todas que existem no mundo? Como são ângulos que desafiam as leias da Física?

Um dos principais elementos (e um dos mais interessantes) da Ficção Científica (ou especulativa) é imaginar coisas e criaturas diferentes do que conhecemos, que existem em nosso mundo e nossa realidade.

Como é a vida em planeta sem oxigênio? Ou sem água? Como seria um ser composto apenas de energia? Ou apenas de minerais? Como seriam inteligências ou consciências em outro período de tempo além do nosso? Ou um ser que tem mais do que nossas três dimensões?

E é exatamente nesse ponto que o Mythós de Cthulhu consegue usar a Ficção Científica para criar os maiores horrores da literatura (e dos jogos, RPGs, filmes etc.).

E alguns dos mais assustadores exemplos de monstros vêm justamente dessa mistura de FC e Terror, como o xenomorfo de Alien – O Oitavo Passageiro, por exemplo.

Então, vamos dar uma olhada em alguns monstros que merecem perfeitamente a adjetivo de “alienígena”

Cor Vinda do Espaço

Descrita e um dos contos mais bizarros do Mythós, a Cor Vinda do Espaço é… uma cor!

Talvez seja um tipo de parasita ou de infecção, mas não tem uma biologia que possamos comparar com nenhuma criatura viva em nosso mundo, nem mesmo com bactérias o vírus.

A Cor Vinda do Espaço contamina rapidamente toda a região onde infecta, de alguma forma consumindo a força vital e distorcendo a vida vegetal e animal ao seu redor.

Sem falar no fato que sua forma de pensar é igualmente bizarra e estranha. Afinal, como pensa um bloco de metais que sente o mundo ao invés de vê-lo?

E o pior de tudo é tal criatura não possui exatamente um corpo, mas é uma cor, uma percepção, que talvez possa estar presente em outro tipo de dimensão não podemos compreender.

Só de termos que imaginar uma cor diferente de todas que existem (e que não é roxo ou verde), nosso mente certamente começa entrar num vórtice de insanidade.

Coisas de L’gy’hx

Habitantes do planeta L’gy’hx (que nós chamamos de Urano), ou L’gy’hxianos,

essas criaturas são compostas de metais (e não carbono, como no nosso mundo), com corpos angulares e cheio de “patas” distribuidas irregularmente por ele.

Podem parecer inicialmente apenas com pedras ou rochas metálicas, até que se percebe que possui patas manipuladoras e agem de forma direcionada e consciente.
Não simetria bilateral ou qualquer simetria e sua percepção do mundo ao redor é um mistério, não dependendo de estímulos visuais, talvez se orientando por vibrações ou sentidos desconhecidos para nós.

Vampiros de Fogo

Essas criaturas parecem ter muito pouco em comum com os seres sugadores de sangue que seu nome evocam. Na prática, são uma forma de fogo, ou plasma ou gás incandescente, vivo e consciente, uma forma de vida que mantém sua consciência no próprio fogo.

Imagine uma bola do fogo, só que com uma mente impossível de ser compreendida. Afinal, o que e como raciocina algo… feito de fogo?

Grande Raça de Yith

Esta raça de criaturas não vem de um outro mundo ou de uma dimensão paralela, mas de um outro período de tempo.

A Grande Raça de Yith evoluiu, não se sabe se de forma natural ou provocada, para dominar o tempo, com a habilidade de jogar suas mentes em corpos em diferentes períodos do tempo. Isso faz, na prática, que sejam seres puramente mentais, mentes que não possuam exatamente um corpo característicos, mas vários.

Pelo que se sabe da Grande Raça, a forma mais presente no nosso planeta, pelo que se conhece, é a de um ser de formato cônico, com cerca de 3 metros de altura, com quatro tentáculos grossos saindo da ponta do cone, dois terminados em pinças, um com um bulbo que seria a cabeça com olhos espaçados e filamentos sensoriais e um com um conjunto de órgãos em forma de corneta.

Outro corpo usado pela Grande Raça seria um similar a grandes besouros escuros, em um futuro distante.

É interessante notar que essas criaturas podem não ser exatamente malignas, e até em alguns casos, não queiram nos fazer mal de forma alguma, como no caso dos seres de L’gy’hx e a Grande Raça de Yith. Para eles, nossa existência chega a ser irrelevante.

E também vale a pena imaginar as histórias (e aventuras) interessantes que podemos criar com esses seres, a partir da natureza alienígena de seus atos e objetivos.

Imagine uma fuga inversa pelo tempo, começando no futuro e avançando até o passado distante, ou a reação de um ser que imagina que uma espaçonave pode ser uma forma de vida metálica, como ele, e não seus ocupantes (que podem ser vistos como um tipo de infecção).

Ou uma cor. Como se foge de uma cor?

Participe do Late Pledge de Malleus Monstrorum diretamente através deste link!

Rogerio Saladino,
Que gostaria de saber como é
um caçador de vampiros de fogo

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