Sempre é difícil repensar o que já está socialmente estruturado em nossas consciências, neste passo, as Origens em Lunatar foram um grande desafio. Como recriar de grandes conceitos como Elfos, Anões, Orques e etc? A resposta de Lunatar veio de grandes debates e discussões das mentes por trás do jogo, mas com uma resposta relativamente simples: Não vamos recriar, mas perverter. Não vamos recriar nenhuma roda, mas colocá-la em outro ângulo completamente diferente.
Do habitual de outros RPGs, as raças são termos discutidos – e precisam ser – e que vem sofrendo alterações. Primeiro vimos o sumiço dos “meio” (meio-elfo, meio-orque). Surge o termo Ancestralidade como uma resposta importante. Mas Lunatar apresenta algo maior, sua concepção biológica define seu corpo, mas não totalmente sua etnia, pertencimento, etc. Então apresentamos as Origens, é de onde esses povos vem, é a herança biológica, mas que permite a ideia de que este indivíduo será formado por seu meio.
Elohins
Seres que viveram no subterrâneo em boa parte de suas vidas, talvez por isso suas peles tenham concebido um tanto da luz solar apenas por meios indiretos. Suas orelhas se desenvolveram anatomicamente para captar sons e até pequenas vibrações. Seus olhos completamente escuros se adaptaram a ausência de luz. Mas são seus hábitos o que mais chamam a atenção. Elohins aprenderam o valor de erem úteis, de serem funcionais para sua sociedade, caso contrário, seriam descartáveis das entranhas da Terra.

Há muito sobre sua cultura passível de ser destacado. Elohins aprendem a procurar a luz, mas também a forjá-la. Eles não fazem o que é correto apenas por medo de punições, mas porque em sua sociedade, você tem serventia quando produz algo para seu coletivo. Sua ligação é com a rocha, são excelentes artesãos e escultores. Mesmo seus relacionamentos são pautados em suas necessidades sociais. No entanto, com o contato as Luas e com outras Origens, tem aprendido sobre as emoções que tanto buscam repreender, se mostrando leais não só a sua causa, mas as pessoas com quem se vincula. Jogue com um Elohin para descobrir que a Escuridão tenta deixá-lo apático, indiferente, austero, mas que a Luz que habita em você procura conexões emocionais seguras, pois assim as Origens prevalecerão.
Fahad’jins
As areias quentes ensinaram aos Fahad’jins a importância de não permanecer onde seus pés queimam. Esse conceito foi sendo aprimorado, e, para caminharem entre os locais e próximo as outras Origens, precisaram desenvolver uma linguagem comum, fácil de aprender. Além do idioma, a linguagem do comércio é algo que os Fahad’jins dominam completamente, começando uma noção de atribuir valor e moeda que é respeitada em toda Vésper. Alguns dizem que eles observaram e aprimoraram a Ku’Na, dos Yukhans, mas a verdade é que o comércio também é hábito de tempos imemoriais.

São um povo falastrão, um povo de costumes e histórias das quais nem todos se orgulham em contar em grandes fogueiras ou bares. Sua ligação com os Djinns ainda é vista por parte de seu povo como uma heresia contra a Grande-Mãe (por eles chamada também de Sopro Antigo e Aethira). Foram as Luas que os ensinaram seus hábitos e costumes para que não se perdessem de quem deveriam ser, um povo pioneiro. Jogar com um Fahad’jin o levará a questionar até que ponto a Escuridão não deve ter um lugar dentro de você, se o esperto não deve se sobressair sobre o ingênuo, se o forte não deveria ordenar e dominar sobre o fraco. Mas há algo que também preza pelo respeito e o ensinamento, os Fahad’jins sabem que nada é eterno, e que heróis vivem tempo o suficiente para serem enganados, e vilões sempre caem.
Humanos
Quase como uma prece certa, os humanos não representam apenas a coragem e a curiosidade, mas também a vaidade, egoísmo e a ganância. Dentre eles, há a crença de que a Grande-Mãe os criou primeiro – e teria lógica acreditarem nisso, levou muito tempo para irem fundo nas cavernas, no deserto profundo e na Floresta densa – e por isso teriam direito às terras. Seus egos são sua ruína desde tempos primordiais.

No entanto, nem toda luz advém dos Astros. Algo que é certo para alguns não é para outros. Humanos sabem de sua mortalidade, e que a história é uma juíza parcial que adora contar a história dos vencedores. Esse povo também foi grandioso, e sua grandiosidade é semelhante a de sua Mãe: Seu sacrifício para manter a Luz. Dos grandes heróis do mundo, muitos deles foram Humanos. Infelizmente dos vilões também. Para um humano, muitas vezes esse papel se mistura grandemente.
Por hoje é só, pessoal, não quero fazer textos muito longos. Meu objetivo são textos curtos, para serem lidos em uma tacada só. Aqui ficou uma Parte I das Origens, na próxima, trarei os diversos Faunis, Yukhans e Azulares. Nosso financiamento coletivo está em 53% da meta base no momento que escrevo esse post, e precisamos de você para tornar essas e outras várias histórias possíveis, então, se puder apoiar, clique aqui. Caso não tenha as condições, não há problema, pedimos para divulgar o material entre os seus. Faça parte desta comunidade, apoie o início de Lunatar! Clique aqui para a parte II!
Escrito por Paulo Henrique Tarasinschi