Alguns eventos do mundo de Lunatar são vistos com desprezo pelas Origens, dentre eles, “A Verminação do Al’ Mahiran” tem grande destaque. Muitas foram as histórias de traições e golpes que o povo de Khaz’ra’djin já protagonizou, mas certamente esta é a primeira ou segunda mais dolorosa. Essa história é importante para compreender o drama atual de Khaz’ra’djin e dos Qarashianos, em especiail, trama que envolverá as “Crônicas de Sangue e Areia: Traição Imperdoável”.
Existem diversos locais e formas de uma Kadin’ra acontecer, mas as principais, às vezes anuais ou semestrais, ocorrem em Al’ Mahiran. Este não é um evento único e nem depende do Emir para ocorrer. A verdade é que em toda Khaz’ra’djin, nenhum Emir proibiu, em tempo nenhum, uma Kadin’ra de acontecer, fosse ele bajulador ou tirânico com seu povo.
Mas os profetas e oráculos relatavam com péssimos presságios o que aconteceria na Kadin’ra daquele ano, e clamaram para que Kamar Tahn – O Emir das Dunas – adiassem ou cancelassem o evento. Seu vizir, Kastas, foi à favor do cancelamento, mas Kamar tinha medo do que diria o povo. Ele mesmo havia dado um golpe no antigo Emir, Laynam Oghan, para ascender ao poder e, desde então, seu sultanato era frágil. Seu medo foi sua venda. Contra a opinião de seus conselheiros, ele assumiu que a Kadin’ra aconteceria em Al’ Mahiran.
Enquanto o evento acontecia, os Fahadjins e todas outras Origens estrangeiras declamavam publicamente sua felicidade. O evento que ostenta festa, música, riquezas e bebidas estava indo como esperado. Mas havia, de fato, alguém com um plano maligno em ação. Um lendário alquimista, o Sultão Malik Nasshan consagrou um ritual usando a Alfakiha, a água pura do Al’ Mahiran e os olhos de um Vigia morto, para profanar as águas do local.
Quem quer que bebesse das águas puras de Al’ Mahiran, estaria faminto para sempre, com sede insaciável e completamente cego para o que quer que fosse. Sua única prepcupação seria alimentar-se de tudo o que caminha e beber de qualquer líquido que pudesse e que não fosse puro. Todos no evento beberam da água, o que inclui o Emir das Dunas, Kamar Tahn. Todos ali se tornaram Vermes das Areias.
O único sobrevivente do evento fora Kastas, muitos questionaram sua reputação depois disso. Mas sem provas e elementos, ele não pode ser condenado, nem destituído de seu posto. Suas alegações foram simples: ele não pode, de nenhuma forma, reverter a situação, e teve medo de enfrentar Malik, pois, segundo ele, estava acompanhado dos outros Sete. Adiante, relatou sobre os estudos antigos, onde disse que houve na história, outros Sete que envergonharam Khaz’ra’djin profundamente.
O nome dos outro sete não se sabe, mas agora, com Malik Nasshan, o Alquimista da Verminação, eles formariam um grupo chamado de Vergonha dos Oito. Todos com nomes assinalados nos livros de caça de Khaz’ra’djin, e que hoje reside em Qarashina, capital de Al’ Qarash. Desde então, qualquer Guardião que traga a cabeça ou uma prova da captura ou morte de um dos Oito será recompensado com um valor astronômico de Solares, Lunares e Estelares.
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Escrito por Paulo Henrique Tarasinschi
